sábado, 18 de junho de 2011

Big-Bang

Em que universo nossas estrelas se cruzaram? Qual das galáxias abençoou o que passamos a chamar de nosso? Não tenho a noção exata de tempo e espaço. Não sei se você realmente estava em todos os eclipses em que me lembro te ter, nem se você lembra de todas as luas que guardaram nossos segredos. És tão teu, e eu tão tua, e estás tão farto e preenchido dos brilhos das estrelas alheias, que não precisas de mais nada além de um céu vazio numa noite calma, para que deixes transparecer tudo que me encantou, todo teu horizonte estrelar, todas as fases da tua lua, todos os raios do teu sol obscuro. Explodimos um no outro num dia sem data, num espaço sem lugar, num céu sem testemunhas. Deixamos os resquícios espelhados pelos livros de história, que contam tudo sem citar nossos nomes. E dali em diante, nos perdemos.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Impessoal

Eu te encontro. No meio do meu emaranhado de vida, da minha teia diária, do meu universo impenetrável, da minha mente difusa e confusa. Eu te encontro. Por entre os meus papéis e as minhas lembranças, no intervalo entre os surtos criativos e os tédios mentais, nas minhas ideias, nos projetos, nos trabalhos da faculdade. Eu te encontro. No meu copo de água com gelo, na minha paranoia comum, nos textos que me servem de drogas viciantes e inspiradoras, nas vírgulas que sobram nas minhas frases, nos meus começos sem finais. Eu te encontro. Na lua que me vigia, na música que automaticamente canto ao acordar, na chuva que cintila o dia, em cada noite que não tenho tua companhia. E eu te procuro....no escuro do meu quarto, nas minhas pálpebras que piscam em busca de te enxergar, no meu ar, que nunca é completo onde você não está...e nos abraços. Ah, como eu te procuro nos abraços. Um por um, me pergunto se será o teu, se conseguirá me roubar um sorriso natural, se vai me tirar o fôlego, se alcançará o nível do melhor dos abraços, ou se ao menos...me fará não sentir tanta falta do teu. E assim eu vou seguindo, te procurando e te encontrando, com os meus amores dilacerando, as poesias dissipando. Tudo isso porque teimei em te amar!