sábado, 18 de junho de 2011

Big-Bang

Em que universo nossas estrelas se cruzaram? Qual das galáxias abençoou o que passamos a chamar de nosso? Não tenho a noção exata de tempo e espaço. Não sei se você realmente estava em todos os eclipses em que me lembro te ter, nem se você lembra de todas as luas que guardaram nossos segredos. És tão teu, e eu tão tua, e estás tão farto e preenchido dos brilhos das estrelas alheias, que não precisas de mais nada além de um céu vazio numa noite calma, para que deixes transparecer tudo que me encantou, todo teu horizonte estrelar, todas as fases da tua lua, todos os raios do teu sol obscuro. Explodimos um no outro num dia sem data, num espaço sem lugar, num céu sem testemunhas. Deixamos os resquícios espelhados pelos livros de história, que contam tudo sem citar nossos nomes. E dali em diante, nos perdemos.

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