segunda-feira, 1 de agosto de 2011

E de repente, como que naquele súbito momento em que você fecha os olhos tentando se convencer que é só um pesadelo...tudo se perde. As palavras, a esperança contida naquele frasco de você mesma, as canções, os sorrisos. Perdem-se também os planos...as tardes deitados no sofá falando das inutilidades como os piores problemas que a humanidade deles possui, as manhãs em que um torna-se o café do outro, as noites em que as estrelas são recortadas para que a escuridão seja cenário daquela convenção que eles se recusam a chamar de amor... sim, todos os planos também se perdem. Mas a pior das perdas, a mais lamentosa, a que vai deixar aquele vazio por completo, aquele "sem-razão"...são os abraços. Como que parte essencial e única, como o gênese daqueles dias, os abraços eram a linha que mantia o equilibrio de tudo. Foi como se naqueles minutos em que os olhos permaneceram fechados, todos os abraços passaram como um filme, cada um revelando um momento, um dia, uma data específica, um discurso que apenas uma das mentes se lembraria mais tarde. Mas sim, tudo se perde... e uma história vai rolando pelo corpo dentro daquela gota de lágrima, daquele que poderia ser mais um pedaço do mar, mas tornou-se um pedaço de gente, um pedaço de amor.

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