quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Caio Fernando Abreu tenta me convencer diariamente que vamos nos encontrar. Seja onde for, quando for etc e tal...mas nos encontraremos. E o que mais tenho pensado é: será?. Até que ponto meu maior escritor, ídolo e inspirador, o homem que sabe me descrever como ninguém, está certo? Porque eu te vejo tão distante, embora seja parte dessa personalidade inconstante com a qual já me acostumei. Mas você não sabe como machuca. Como me torturam esses seus sumiços. Eu sei, não deveria esperar nada, nem que você se preocupe com a minha dor, nem que você mande mensagens todos os dias só pra saber como estou, nem que você sonhe comigo, nem que espere ansiosamente o dia que me verá. Mas eu espero. Confiro de minutos em minutos a tela do celular, e procuro em cada cantinho se encontro seu nome; torço com os dedos cruzados que de repente você tenha um estalo imaginando que não estou bem pra que finalmente eu sinta uma reação sua. Alguém me pergunta se vale a pena, e o que eu digo? Não sei. Em se tratando de você eu raramente sei de algo, raramente encontro certezas. Tão complicado e difícil de entender. Esse é você pra mim. Sempre uma surpresa, um projeto novo, uma decisão, uma alteridade que me confunde na maioria das vezes. Me perco nos seus sonhos, os quais torno meus também, porque eu preciso me convencer de que "tudo que é seu é meu".
Minhas fantasias andam pedindo socorro. Andam gritando dentro de mim um "CHEGA". Elas cansam, assim como meus pés e minha cabeça. Mas eu nao canso, invisto até a última gota no que projetei pra nós dois, mesmo que você se junte ao Caio Fernando Abreu pra me convencer de que nunca se realizará.
E então, cada dia, eu me seguro na ideia de que nos reencontraremos, já que perdidos sempre estivemos. Mas um dia, não se sabe qual, nem onde, nem como, eu te encontrarei, e quem sabe dessa vez seja amor, amor concretizado, sem mentiras, ilusões. Sem as minhas terríveis e cansativas fantasias.

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