"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)
domingo, 3 de abril de 2011
A parte que se foi
Meu corpo perdeu a essência, perdeu o gosto, perdeu o sentido. Evaporou envolto por sentimentos flutuantes. Deixou-se levar por aquela agonia típica que se sente quando o coração acelera na presença de alguém. Meu corpo entregou-se. Parou de sentir dor, parou de respirar. A única coisa que restou foi meu coração, dilacerado, jogado às traças sem corpo algum que o segurasse. Ouvi alguém dizer que isso era sintoma de amor...mas quem é esse tal de amor? Quem é ele que não aparece pra mim? Só leva meu corpo consigo, e juntos, ficamos assim...vazios individualmente, mas completos um do outro!
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