terça-feira, 15 de novembro de 2011

And speaking of desire...

Eu não quero flores toda semana, não quero jantares em restaurantes caros, não quero viagens pro exterior nas férias, nem os presentes mais absurdos nas datas especiais. Eu não quero o vestido de gala, nem o terno e gravata, não quero o salto 15 cm, ou o sapato engraxado... Não quero as grandes ocasiões, não quero passeios que nos ocupem demais, nem tardes no cinema ou a rotina em família. Não preciso de nada material, nada concreto, nada que valha reais. Eu quero tempo. Eu quero nós. Um "nós" que possa ser desfeito em "eu" e "você".
Eu quero as tardes no meio da semana, de improviso. Quero a serenata no meio da rua como melhor presente de aniversário. Quero o melhor abraço do mundo. Quero as discussões bestas por ciúmes sem necessidade. Eu quero a música com meu nome no meio, quero as notas de violão que vem de repente, sem avisar... Quero as mãos dadas, os domingos na praça ou no bosque, os banhos de chuva só pra te ver, quero horas perdidas falando da vida, dos sonhos, do passado. Quero nostalgia acompanhada. Quero as ligações na madrugada, as piadas sem graça que me façam rolar de rir, as indiretas sempre tão diretas pela intimidade, as brincadeiras maldosas, os embalos na rede, as letras de música e os textos no papel...
Quero a arte do erro. Quero tudo ao contrário. Sem rótulos. Sem obrigações. Quero mais eu. Quero mais você. Quero o cafuné a qualquer hora, o cheiro na nuca, o carinho, o sussurro, o olhar de convite, o abraço pedindo mais, o toque sem controle. Quero devaneio. Quero sarau. Quero mente, corpo e alma, por completo, que já estou muito cansada de metades.
Não preciso de mais regras pra viver tudo isso, não preciso de certos e errados. Eu quero o tudo e o nada, e só.
Eu quero você.

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