domingo, 13 de novembro de 2011

Mandei ladrilhar.

"Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante, para o meu, para o meu amor passar..."



Fiz do meu coração teu tapete vermelho. Permiti que desfilasses quantas vezes quisesses sobre ele. Por diversas vezes, senti cada passo teu sobre ele... estavas, como um artista, em busca do teu oscar... o meu amor. O grande amor que podei, como se flor ele fosse para colheres mais tarde; poli, como cristal raro que guardado fica até o momento certo; protegi, como uma mãe cuida de um filho único, esperando que mais tarde possa dar bons frutos. E no fim das contas, quando atravessaste todo o caminho do tapete e encontraste o prêmio tão preparado... viste que não era o que querias, que não importava o apreço que eu tinha dedicado a ele. Não era bem isso, não precisavas disso, nem querias te arriscar nesse universo louco em que o meu amor estava metido. Então, viraste as costas, e voltaste...pisando no meu coração. Dessa vez o desfile doeu mais, foi a volta, o retorno provando o fracasso de tudo aquilo que eu sonhara. Nunca lavei seu tapete vermelho, talvez pela inútil esperança de que um dia resolvesses desfilar novamente, o deixei intacto, até porque continuou sendo seu. E ainda é.

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