segunda-feira, 23 de maio de 2011

Do indizível

Ela. Desprevenida. As mãos trêmulas e os olhos fugidios. A tensão. A beleza da cara lavada de amanhecer. Ele. O mesmo de sempre. O riso torto. A provocação. A bermuda caída. A infantilidade. O momento. Aquele esperado por ela há meses, tão insignificante e desnecessário para ele. O contraste dos olhares. A saudade estava escrita na pele branca e intocada dela, enquanto ele nem sequer pensara em nada. Normal. Aquela madrugada, aquelas 6 da manhã, aquela ventania... Tudo se acostumara. O mundo se adaptara àquele amor peculiar, àquele amor monótono e monossílabo. Mas sim, era amor. (In)visivelmente. E ninguém jamais o contestaria.

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