domingo, 15 de maio de 2011

Déja-Vu

Um dia, quando eu lembrar de você, ainda terei dúvidas se tudo foi real, se você não passou só de uma ilusão, uma fantasia desde a 1ª vez que te vi; se realmente eu te encontrei naquelas tardes, e nos embalamos na rede das horas ao som das suas canções. Eu sei que um dia vou duvidar se você não foi no máximo um desejo meu, um sonho obscuro que guardei no peito. E então, vou encontrar nossas fotos amassadas, e seu nome rabiscado trilhões de vezes nos meus cadernos. Vou encontrar todos os versos, toda poesia que você gerou em mim, vou achar suas melodias e vou me perguntar se essa voz é a mesma que sussurrava ao meu ouvido aquelas coisas tão comuns.
Aí eu terei minhas lembranças...que assim como todo o resto, podem ter sido forjadas pelo meu inconsciente ardiloso, na esperança de que pelo menos uma vírgula daquilo tivesse sido verdade.
Mas quando eu voltar ao nosso "lugar de sempre", aquele em que deixamos jogados cada pedaço do nosso amor, eu vou encontrar você. Vamos nos olhar de uma distância tão próxima e sem medida, que nossos corpos vão se entrelaçar, como no nosso tempo, e não sentiremos mais a movimentação do mundo, apenas o nosso pulsar e o batimento acelerado daquilo que se uiniu entre nós, o coração.
Mas, apesar disso tudo, quando eu não tiver mais sua mão firme à minha, nem seus olhos cruzando os meus...nunca saberei ao certo, se algo realmente existiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário