sábado, 12 de fevereiro de 2011

(L

Eu ainda estou me acostumando a viver na sua ausência. Acordar sem a voz doce/rouca que me dizia "bom dia", sem seu abraço levemente apertado, daqueles em que temos a impressão de trocar todas as energias possíveis entre os corpos, sem seu sorriso nascendo aos poucos com o passar das horas, já que você nunca foi daqueles que distribuem bom humor logo cedo. Estou aprendendo todos os dias, como é a vida sem as suas piadas sem graça (que me faziam gargalhar) a cada 5 minutos, como é não ter sua mão sempre quente na qual eu me refugiava... Estou descobrindo "o que" ou "quem" sou eu sem você,e como isso pode parecer mais difícil do que eu jamais imaginei.
Não me culpe por isso, eu simplesmente me acostumei com seu jeito, suas manias, seus gestos,sua forma sempre tão simples e "criança" de me dizer as coisas, seu gosto por certas músicas, seu romantismo tímido e reservado a poucas pessoas...me adaptei ao seu mundo, aos seus desejos.
Mas o principal talvez seja o fato de que...eu perdi minha maior rota de fuga, meu porto-seguro, meu aconchego dos dias de dor... perdi mais que um amigo, um irmão, um pai, um parceiro de boas e más situações.
Opa, mas "perder" é algo um tanto intenso e perturbador pra mim, principalmente em se tratando de uma amizade como a que eu descobri ao seu lado...portanto, não perdemos nada, apenas diminuimos a frequência, o volume... mas a ressonância dos corpos e dos sentimentos permanece intacta, como se nenhum tipo de corte houvesse ocorrido.
E talvez nem tenha mesmo... no fundo, a distância pode não ser um corte, apenas um incentivador. Tudo depende do ponto de vista...e no meu caso,fico com a segunda opção.
Sei que tudo pode ou não mudar, e dependerá de nós, das nossas escolhas....eu escolhi por nós, do sempre para o sempre! E o resto...seja lá o que for!

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