Ao Pierrot que eu conheci, J.V.
Nessas últimas semanas, apesar dos pesares, arranjei uma nova amiga. Ela me dá conselhos que ninguém acredita, mas é que sabe tão bem das coisas que me convence a acreditar que está certa. O nome dela é Esperança, conhece? É, bem que eu imaginei, ela já foi sua amiga, mas você a trocou por aquele outro né? O tal do Ceticismo. Bom, o que importa é que gosto muito dela, da companhia suave, desse ar de positividade e da força que ela tem pra me levantar do chão com uma mão só. Ela costuma dizer que desistir não é pra mim não, e me faz conferir a cada 5 minutos o celular, quem sabe você não esqueceu alguma coisa em mim e precisa mandar uma mensagem pra buscar... Ou talvez tenha lembrado que hoje faz 3 meses que nos conhecemos. Não sei, mas sempre olho, por que ela manda.

Daí que uma noite dessas, em meio as nossas trocas de hipóteses sobre seus verdadeiros desejos, a Esperança contou que o nosso amor é carnaval, e sendo tal, sobrevive de períodos, espaçados pelas suas dúvidas traidoras, que te fazem cair nos braços de um Arlequim sem graça, que nada entende de sentimentos. Ó minha Colombina, por que ironia foste criada? Por que nasceste em estações? Podias ser como eu, o Pierrot apaixonado que vive em eterno outono, refazendo-se. Sei que não acreditas em nada disso, teu amigo não permite. Mas a Esperança está aqui, acreditando que podes voltar, repetindo em meu ouvido cada vez que penso em desistir: Enquanto houver 1% de chance, terás 99% de fé. E que assim seja.
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